A causa da fadiga crónica pode estar no seu intestino e não na sua cabeça

pexels-andrea-piacquadio-3771050.jpg

(Publicado originalmente em 10 Outubro 2016)


A fadiga crónica é um estado de fadiga exagerado que não passa com o descanso. Muitos médicos atribuíam a causa a questões psicológicas ficando o caso normalmente por resolver.

Há muito que à luz da medicina funcional se avalia o intestino para verificar se algo pode estar a comprometer o equilíbrio do organismo, mas agora surgiu um estudo da Universidade de Cornell que identificou parâmetros intestinais e inflamatórios que podem estar relacionados com a fadiga crónica.

O trabalho demonstrou que a flora intestinal das pessoas com fadiga crónica não era normal, o que pode levar aos sintomas gastrointestinais e inflamatórios de muitos pacientes. Acaba assim a desculpa de que a questão é "psicológica”, desculpa que muitos pacientes já não podem ouvir.

As avaliações demonstraram que das bactérias detectadas, no geral a diversidade bacteriana era menor nos pacientes e as bactérias com conhecido efeito anti-inflamatório estavam também em menor número. Para além disso, foram detectados marcadores inflamatórios no sangue o que mostra que devido à fragilidade do intestino e aumento da permeabilidade intestinal "leaky gut”, a presença de bactérias no sangue leva a aumento da inflamação. Este facto só faz piorar os sintomas pela resposta imunitária que se gera.

Os investigadores não puderam definir se as alterações são causa ou consequência, mas de qualquer forma deram já boas pistas para que a a flora intestinal seja avaliada e corrigida.

Por esta e muitas outras razões, usamos na nossa prática clínica, a avaliação da flora intestinal.

 
Anterior
Anterior

Valores de vitamina D inversamente associados com inflamação em pacientes com colite ulcerosa

Próximo
Próximo

Death By Email